Insalubridade, Pode causar doença do trabalho. Limite de Exposição Ocupacional (LEO): o que é?
É essencial entender o conceito de Limite de Exposição Ocupacional (LEO) ao tratarmos da legislação especificas sobre medicina e segurança do trabalho (Normas regulamentadoras). O LEO deve ser sempre observado pela empresa na adoção de medidas que protejam o trabalhador desta exposição, porém o LEO ainda é assunto que traz muitas dúvidas nas empresas e profissionais da Saúde e segurança ocupacional
É essencial entender o conceito de Limite de Exposição Ocupacional (LEO) ao tratarmos da legislação especificas sobre medicina e segurança do trabalho (Normas regulamentadoras). O LEO deve ser sempre observado pela empresa na adoção de medidas que protejam o trabalhador desta exposição, porém o LEO ainda é assunto que traz muitas dúvidas nas empresas e profissionais da Saúde e segurança ocupacional.
O LEO, em geral, é resultado dos estudos das doenças ocupacionais, estes estudos nos ajudaram a entender e estabelecer limites e parâmetros sobre os riscos existentes relacionados a exposição que precisam ser observados para assegurar a saúde e integridade dos colaboradores durante toda a sua vida laboral.
O que é Limite de Exposição Ocupacional (LEO)?
O LEO são valores definidos em regulamentação específica, que determina os níveis de exposição a agentes nocivos (Quer sejam eles físicos – ruído, vibração, etc. – químicos – benzeno, acetona, etc. ou biológicos – fungos bactéria e vírus) que não seriam suficientes para prejudicar a saúde do trabalhador durante toda a sua vida labora. Assim, é importante que as empresas observem o limite de exposição para garantir a proteção dos trabalhadores.
Para interpretar estes limites, existem normas e regulamentações que são fundamentais para isso:
[if !supportLists]· [endif]Norma Regulamentadora 15 (NR-15) – cujo acesso pode ser feito pelo link no final do parágrafo, detalha os limites dos diversos agentes em seus vários anexos (https://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr15.htm);
[if !supportLists]· [endif]As normas da American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH) que foi usada como base para a elaboração da NR-15, é atualizada anualmente e deve ser usada diante de omissões da NR.
A Higiene Ocupacional
A higiene ocupacional é a parte que atua na prevenção, reconhecimento, avaliação e controle de riscos do ambiente de trabalho que possam causar doenças nos trabalhadores. No momento em que os riscos são identificados e avaliados, o conceito de LEO se torna essencial para a tomada de medidas, sejam elas de eliminação do risco, ou, quando isto não for possível, estabelecer mecanismos para amenizar e mitigar a exposição mantendo a exposição dentro de LEO.
Ao identificar os riscos existentes, é sempre necessário medir a sua concentração, ou seja, os níveis em que eles se apresentam. Com isso será possível determinar medidas de segurança e proteção com a finalidade de eliminar ou reduzir os impactos dos agentes prejudiciais à saúde dos trabalhadores.
Tipos de Limite de Exposição Ocupacional?
Ao tratar dos limites de exposição ocupacional, é essencial entender que ele pode ser de diferentes tipos; Geralmente, a exposição aguda é ocasionada por acidentes de trabalho, podendo causar lesões graves, internação ou até a morte instantânea de funcionários (Intoxicação aguda). Já a exposição crônica é mais comum, fazendo referência ao contato prolongado com um agente nocivo no ambiente laboral (Intoxicação crônica).
[if !supportLists]· [endif]Média Ponderada no Tempo: usado para definir os limites em relação aos trabalhadores que se expõem de maneira contínua e permanente a determinado risco;
[if !supportLists]· [endif]Valor Teto: é o valor de concentração limite que não deve ser atingido em nenhum momento da jornada de trabalho;
[if !supportLists]· [endif]STEL: São limites de exposição de curta duração cuja exposição prolongada poderia trazer doença ocupacional ao trabalhador;
[if !supportLists]· [endif]Valor Máximo e pico: trata da multiplicação do limite de tolerância por um fator de desvio previsto na NR-15, ajudando a identificar as exposições máximas; este valor pode ultrapassar em alguns momentos o LEO, mas não pode permanecer acima do LEO durante toda a jornada. Alguns produtos químicos tem o seu valor limite igual ao valor teto.
Quais cuidados adotar em relação aos dados referentes ao LEO?
Entendo o que é Limite de Exposição Ocupacional, pode-se perceber sua importância no dia a dia da empresa. Por isso, é preciso adotar medidas para garantir a aplicação das determinações legais e proteger a saúde dos funcionários como por exemplo
[if !supportLists]· [endif]Mapeamento de todos os riscos no ambiente de trabalho;
[if !supportLists]· [endif]Verificação dos limites que devem ser observados no ambiente de trabalho;
[if !supportLists]· [endif]Suporte de assessoria de empresa especializada na realização das análises;
[if !supportLists]· [endif]Registar em documentos oficiais (PGR e PCMSO) os dados coletados;
[if !supportLists]· [endif]Revisão frequentes nas avaliações e documentos de registros;
[if !supportLists]· [endif]Adotar medidas para eliminar ou atenuar os níveis de exposição dos riscos mapeados.
Agora que você sabe o que é o Limite de Exposição Ocupacional (LEO), seus tipos e os cuidados que devem ser adotados em relação aos dados, organize-se para implementar essas soluções. Assim, é possível proteger os trabalhadores e reduzir os riscos de doenças ocupacionais.
Alguns exemplos de doença do trabalho
Todos os trabalhadores estão sujeitos a adquirir uma doença do trabalho, porém, há situações já conhecidas (estatisticamente falando) em que o profissional acaba ficando mais vulnerável e pode ter sua saúde comprometida devido ao ambiente ou processo de trabalho
As rotinas onde é preciso bater metas, fazer a gestão de outras pessoas e ser responsável por múltiplos processos pode ser extremamente exaustivo ao longo do tempo, levando o trabalhador a um quadro de estresse crônico causando esgotamento físico e mental os quais diminuírem sua produtividade, na mesma medida em que muitos adoecem. A situação é tão alarmante que levou a OMS (Organização Mundial da Saúde) a classificar a Síndrome de Burnout como uma doença do trabalho. A Síndrome de Burnout é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema e estresse resultantes de uma rotina com situações de trabalho extenuantes, porém a principal característica está relacionada ao trabalho e não há fatores sociais e familiares.
Trabalhadores da construção civil estão entre os que mais sofrem acidentes de trabalho no Brasil, mas as doenças ocupacionais não ficam atrás e as mais comuns são a lombalgia, perdas auditivas ou surdez induzida pela exposição a altos níveis de ruído, dermatoses pelo contato com cimentos e solventes.
Daí a importância de trabalhar devidamente registrado, tendo a segurança de requerer os direitos caso você seja acometido por uma doença do trabalho.